"I was just happy, my manic and I
He couldn't see me
He couldn't see me
the sun was in his eyes
and birds were singing to calm us down.
And birds were singing to calm us down."
My Manic and I, Alas I Cannot Swim, Laura Marling - 2008
Se eu fosse a Pessoa mais triste do Mundo, escreveria, para sempre, contos sobre os segredos de Tudo. Ficaria sozinho, escondido, camuflado pela minha interminável Imaginação e, ao longe, veria Alguém afastar-se sem nunca Olhar para trás.
Eu, sozinho, a perceber o fim de Nada e a refazer o fim de Tudo. E o Sol não iria estar a arder apesar de ser Verão. Seria antes o Outono imaginário, fora de época e Eu fora de mim, metido comigo mesmo, cabisbaixo.
Os dias correriam a correr por entre letras fugidias e Eu veria Alguém ao longe afastar-se das palavras não ditas, malditas, que ficam sempre por dizer.
Viver nesse alto planalto distante e solitário, subir ao cimo da mais alta Montanha e lá, juntar Letras, inventar Palavras e gritar baixinho o nome de Alguém que não existe. Ao fim do dia com o Sol a pôr-se e a Noite a nascer eu desceria do cimo do Mundo e caminharia por entre sábias Árvores até ao meu Eu sem nunca Olhar para trás...