terça-feira, 15 de junho de 2010

onde estás!?

Hoje é quarta-feira porque alguém quis que assim fosse. Quem me dera que não tivessem inventado minutos, horas, dias de semana, meses e todas essas rotinas que se repetem ano após ano, década após década, tal e qual como o amor que se repete tantas vezes na vida como o desamor. Vivem e convivem na mesma linha recta que vista de cima parece não passar duma linha cheia de curvas, cheia de precipicios.
Eu que sempre tive uma vida fácil e descomplicada, sinto em mim, talvez por essa razão, uma necessidade imensa de a complicar de viver no risco do quase acto falhado e da frase quase provocante. Sei que sinto atracção pelo abismo, pelo caos, pela decadência, pela vida que ninguém me vê viver mas que vivo, por vezes. Quantas vezes são precisas para que essa vida seja a minha vida verdadeira, para que substitua a que toda a gente vê? Terá tomado conta de mim sem que me tenha apercebido ou será que este texto é a aceitação de que essa vida já é a minha vida? Seja como for, seja qual for a vida que eu esteja a viver, seja qual for o meu eu que escreve estas perturbadas linhas só tu vives nas duas vidas, nas vidas que a minha mente inventa.